17 julho 2009

A melhor maneira de defender o galego?

Perguntam no Xornal qual é a melhor maneira de defender o galego. Eis a minha opiniom, longa de mais para a deixar numha caixa de comentários.

Rádios comunitárias em galego.

Quantas rádios emitem na Galiza em galego? quando menos maioritariamente. Onde eu moro nom há nengumha. Em teoria a Radio Galega emite integramente em galego, mas na realidade, isto dista muito de ser certo.
  1. A maioria da música que emitem é cantada em castelhano, seguida em percentagem da música cantada em inglês. Cantigas em galego, da Galiza ou internacional, emitem umha percentagem mínima, ridícula, sobre todo para umha rádio cuja raison d'etre é promover a cultura galega.
  2. Se bem os locutores falam galego, é muito habitual trazerem invitados que coitados deles, só sabem falar castelhano. Tenho comprovado pessoalmente que nom se preocupam o mais mínimo em procurar alguém que fale em galego. Se esta rádio fosse a única que houver na Galiza, seria bom que reflectira a diversidade lingüística do pais. Mas para escuitar falar castelhano, e para que a gente se poda exprimir em castelhano já estám o resto das emissoras. O difícil na Galiza é ouvir falar galego na rádio, nom ouvir falar castelhano.
  3. Outra porta, bem larga, de entrada do castelhano na rádio galega, som as numerosas declarações dos mais diversos pessoeiros espanhóis. O locutor conta primeiramente, em galego, o que dixo o dito pessoeiro, para seguidamente reproduzir na integra as declarações. Algum dos dous sobra, ou o locutor ou o pessoeiro. Infelizmente está abertura lingüística só se dá com o castelhano, e nom com outras línguas.
  4. Por último está o problema da qualidade do galego falado polos locutores, em muitos casos bastante castelhanizado. Cousa lógica quando se sabe que boa parte deles tenhem por língua usual o castelhano.
Infelizmente as outras emissoras que eu podo sintonizar de Santiago, emitem só alguns poucos programas em galego, e muitas vezes a contragosto, e nota-se.

O stablisment antigalego tem proibido eficazmente as rádios legais em galego. Como?, negando-lhe as licenças a empresas galegas e dando-lhas a empresas espanholas ou "galhegas". É possível que a intençom primária nom seja liquidar o galego, senom favorecer aos amigos, mas o efeito secundário é demolidor.

Se queremos rádios em galego, nom há pois mais remédio que fazer rádios alegais. Noutros países existe a possibilidade de montar rádios comunitárias. Mas no estado espanhol o poder desconfia, já vem de velho, do povo.

Montar rádios alegais tem o problema de que o poderes podem fechar as rádios quando quiger. Contodo há também muitas rádios alegais emitindo por Espanha adiante, e penso que no momento actual, tendo em conta os compromissos que tem assinado o estado espanhol de promoçom das línguas minoritária, nom seria muito provável que fossem a fechar as rádios comunitárias em galego.

10 março 2009

Azzurro

Há uns dias que me ronda pola cabeça umha cançom de Adriano Celentano, Azzurro. Assim que como terapia puxem-me a traduzi-la, e aproveito esta minha versom para reviver um pouco este meu blogue.
Azzurro
Cerco l'estate tutto l'anno
e all'improvviso eccola qua.
Lei è partita per le spiagge
e sono solo quassù in città,
sento fischiare sopra i tetti
un aeroplano che se ne va.
Azul
Busco o verám todo o ano
E de improviso ei-lo aqui
Ela partiu para a praia
E estou só aqui na cidade
Sinto zunir sobre os teitos
Um aeroplano que marcha.
Azzurro,
il pomeriggio è troppo azzurro
e lungo per me.
Mi accorgo
di non avere più risorse,
senza di te,
e allora
io quasi quasi prendo il treno
e vengo, vengo da te,
ma il treno dei desideri
nei miei pensieri all'incontrario va.
Azul,
a tarde é muito azul
e longa pra mim.
Decato-me
que nom há mais recursos,
sem ti,
e entom
eu quase quase pego o trem
e vou, vou onda ti
mas o convoio dos desejos
nos meus pensamentos vai às avessas.
Sembra quand'ero all'oratorio,
con tanto sole, tanti anni fa.
Quelle domeniche da solo
in un cortile, a passeggiar...
ora mi annoio più di allora,
neanche un prete per chiacchierar...
Semelha quando estava no oratório
com tanto sol, tantos anos atrás
aqueles domingos sozinho
num pátio, a passear...
agora enfastio-me mais que entom,
nem mesmo um padre para conversar...
Azzurro,
il pomeriggio è troppo azzurro
e lungo per me.
Mi accorgo
di non avere più risorse,
senza di te,
e allora
io quasi quasi prendo il treno
e vengo, vengo da te,
ma il treno dei desideri
nei miei pensieri all'incontrario va.
Azul,
a tarde é muito azul
e longa pra mim.
Decato-me
que nom há mais recursos,
sem ti,
e entom
eu quase quase pego o trem
e vou, vou onda ti
mas o convoio dos desejos
nos meus pensamentos vai às avessas.
Cerco un pò d'Africa in giardino,
tra l'oleandro e il baobab,
come facevo da bambino,
ma qui c'è gente, non si può più,
stanno innaffiando le tue rose,
non c'è il leone, chissà dov'è...
Procuro um pouco de África no jardim,
entre o loendro e o baobab
como fazia quando rapaz
mas aqui há gente, nom se pode mais,
estám regando as tuas rosas,
nom existe leões, quem sabe onde estám...
Azzurro,
il pomeriggio è troppo azzurro
e lungo per me.
Mi accorgo
di non avere più risorse,
senza di te,
e allora
io quasi quasi prendo il treno
e vengo, vengo da te,
ma il treno dei desideri
nei miei pensieri all'incontrario va.
Azul,
a tarde é muito azul
e longa pra mim.
Decato-me
que nom há mais recursos,
sem ti,
e entom
eu quase quase pego o trem
e vou, vou onda ti
mas o convoio dos desejos
nos meus pensamentos vai às avessas.