Alternativa
Pode-se nesta situaçom artelhar um jornal em galego, independente e crítico?. Na minha opiniom nom é viável enquanto empresa comercial. De facto vejo mesmo difícil um jornal comercial em castelhano crítico e independente dos poderes políticos e económicos, a pesar do maior público potencial. Porém, penso que é possível artelhar um jornal comunitário de qualidade, que combine o trabalho de profissionais com trabalho voluntário.
Usando as capacidades de colaboraçom que permite a internet, tenhem-se desenvolto um bom número de trabalhos comunitários, com resultados magníficos, pensemos nos inúmeros projectos de software livre, na wikipedia, na wikileaks, etc. A maior parte dos projectos deste tipo que me venhem a cabeça combinam um pequeno grupo de profissionais pagados, com um grande grupo de voluntários que colaboram sem remuneraçom económica. Acho que o galeguismo pode manter um projecto deste tipo, e mais depois que a crise económica tenha posto a nú o falhanço do sistema neoliberal que a imprensa comercial apresentava como o melhor possível.
Como implementar um jornal cidadao, que renuncie de vender o seu poder de influência, em troques do apoio cidadao?. Eis umha proposta:
Financiaçom
Principalmente polas quotas periódicas dum grupo, grande o suficiente, de pequenos sócios patronizadores1, estilo as rádios comunitárias dos USA, cientes que estám sustendo um projecto, i.e. que nom som simples assinantes dumha empresa jornalística. Cientes também de que o seu contributo vai ser aproveitado por outros, que sem pôr um cêntimo vam poder desfrutar do jornal. Contodo estes sócios devem ter algumha vantagem a respeito dos simples leitores.
Nom há porque renunciar aos ingressos publicitários, mas acho pouco realista pensar que vam representar umha percentagem importante dos ingressos.
Algumhas organizações poderiam apoiar o projecto, com dinheiros ou cedendo material e/ou pessoal. Penso por exemplo nos sindicatos, que som vilipendiados com freqüência nos media comerciais, e com os que se poderia negociar acordos de colaboraçom2.
Sem renunciar aos subsídios públicos, estes devem ser sempre usados para um fim específico, de maneira que a sua ausência nom comprometa a viabilidade do projecto.
Elaboraçom
Um pequeno grupo de profissionais remunerados, jornalistas e informáticos principalmente, seriam os responsáveis do mantimento do projecto: ediçom, elaboraçom de notícias, maquetaçom, etc. Cumpriria-lhes também a coordenaçom de
Um grupo alargado de colaboradores voluntários, que podem contribuir tanto na elaboraçom de notícias, textos de opiniom ou de criaçom, humor, etc. Evidentemente os sócios podem ser colaborar no trabalho, e resulta lógico que os editores prestem mais atençom às suas colaborações do que a outros colaboradores nom sócios.
Seria bom também implicar na elaboraçom a organizações, sobre todo sectoriais, por exemplo grupos ecologistas, grupos de defesa da língua, grupos religiosos, grupos laicistas, etc. Umha noticia/opiniom nos seus blogues vai ter muita menos difusom que num jornal com um certo sucesso.
1Patronizadores, ou sócios, e nom accionistas, já que nom aspiram a que a empresa, e o seu investimento, produza benefícios.
2Poderia-lhes interessar pagar parte dos gastos, servidores por exemplo, e ceder algumhas horas de trabalho dos seus jornalistas e técnicos, em troca dum certo espaço no jornal, para novas ou opiniões fornecidas por eles. Os grandes sindicatos tenhem uns portais profissionais, mas suspeito que a sua audiência nom é muito elevada.