20 dezembro 2005

Cidade de Deus - Filme do Demo

Anunciavam os passado dia 30 de Novembro no PGL um ciclo de cinema em português na Universidade de Vigo. Abrindo o ciclo, ainda nom rematado, estava o filme de Fernando Meirelles Cidade de Deus. Eu vim o filme em Lisboa, gostei dele apesar de quase nom perceber os diálogos, percebim a voz do narrador (voz em off), mas quando falavam as personagens na favela (a maior parte da fita sonora) percebim exactamente 3 palavras: caralho, moleque e molecada. Se bem tais palavras repetiam-se abundantemente durante o filme. Graças a internet sei que nom fum o único em ter dificultades.

Nunca estive no Brasil, mas tenho visto outros filmes brasileiros, e desde há um par de meses recebo via satélite um par de canais de televisom brasileiras. Ouvindo a televisom, esses outros filmes, diria que no Brasil falam galego tropical. Ouvindo Cidade de Deus, poria em dúvida que falassem algumha língua indoeuropeia. Suponho que o filme reflecte fielmente a fala das favelas cariocas, mas esta dista muito do brasileiro padrom.

Suponho que os redactores do PGL incluem a notícia do ciclo, encabeçando-a com um cartaz do dito filme, pensando em que a divulgaçom de recursos lusófonos na Galiza é boa sempre. Mas na minha opiniom isto nom é sempre certo. Alguém que entre em contacto por primeira vez com o português do Brasil graças a este filme, mesmo com umha boa apresentaçom da realidade lingüística do pais, facilmente pode tirar umhas conclusões erradas sobre os falares brasileiros, nada favorecedoras às teses reintegracionistas.

Saiu-me a mensagem um tanto negativa, mas apesar de ter gostado do filme, seria o último filme que eu utilizaria para fazer propaganda reintegracionista.

2 comentários:

Anónimo disse...

Esta ben saber que non fun a única que non entendeu nen papa.

Por certo que é moleque? e molecada?

Se Moncho disse...

moleque = cativo, rapaz
molecada = rapaziada

Nom percebeste nada do que falavam ou do filme em geral?.

Digo isto porque a pesar de nom perceber o que falavam , porém eu o fio seguin-no bastante bem, ou isso creio.