14 setembro 2006

Responsabilidades

Leio no Galicia Hoxe que a secretária geral de política lingüística, falando da saúde da nossa língua, anima a "ver o vaso medio cheo", entanto o presidente da Real Academia Galega ao falar do porquê a nossa língua tem um uso minoritário nos media di que "non se pode pedir responsabilidades nin a Academia nin ó goberno galego sobre campos onde non pode actuar".

Sinto-o muito mas é-me mui díficil ver o copo meio cheio quando o actual governo da Xunta, seguindo os passos do anterior, acaba de outorgar licenças de radios e Tv majoritariamente a empresas nom galegas, e em todo caso sem tentar no mais mínimo inverter a actual situaçom de maioria esmagante do castelhano nos media que emitem na Galiza, que nom galegos. Quando actualmente o galego apenas tem presença nas radios e Tv analógicas que se emitem na Galiza, e qaundo isso mesmo vai a seguir a ocorrer nos media digitais, como se pode ser medianamente optimista?

Cumpre salientar que qualquer um, empresa, associaçom ou particular, nom pode emitir livremente sinais de radio o tv. Para poder emitir cumpre ter umha licença, bem autonómica bem estatal. Se as licenças som outorgadas à empresas que emitem em castelhano e se lhes negam às que o fariam em galego, qual vai ser o futuro do galego?

Quanto a responsabilidade da Academia é também grande. Ao escolher um caminho divergente do português, ao afastar o modelo culto do galego da língua portuguesa, como se está fora o demo, fanam a melhor oportunidade de pervivencia da nossa língua, possivelmente a única na situaçom actual, i.e. numha Galiza dependente dentro do espanhol.

Escolher um modelo de língua pequena, independente do português que nom do castelhano, pode-lhes parecer aos senhores da RAG o caminho mais seguro. A mim também me parece um caminho seguro, que com toda seguridade leva à sua extinçom.

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